Eu vejo o futuro repetindo o passado.

Fazia tempo que eu não passava o dia assim, escrevendo.
Fazia tempo que uma crise dessas proporções não batia à porta.

Será que algum dia vamos descobrir quem somos?

É tão fácil se perder.
O problema é que, nessa corrida contra o tempo, tudo foi ficando para trás. E quando paramos, cansados, observamos que não restou nada. É a hora de reconstruir certezas e convicções, a parte mais difícil.
Queria ter mais fé nas coisas.
Talvez devesse colocar na lista de promessas do ano novo.

Qualquer coisa boba ajudaria: cartas, estrelas, uma oração, uma mandiga.
O que falta é acreditar.

Toda a determinação se tornou um medo repentino e intenso, que parece não querer ir embora.
Não quero ser uma medrosa.
Quero ser destemida.

Espero encontrar um porto seguro.
Uma certeza absoluta imutável, que sempre esteja lá quando meu mundo parecer estar caindo.

Eu não quero estragar tudo outra vez.

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