I have to leave.

Bom, eu cheguei até aqui.
Sobrevivi a tantas coisas.
Por que ficar assim agora?
Por que esquecer de todos os ideais pelos quais batalhei por uma coisa só?

Tudo o que peço é desculpa.
Pra você, pra mim mesma.
Eu não sei o que aconteceu, não sei onde me perdi.
Mas isso, de fato, aconteceu.
E agora eu preciso de um tempo sozinha.
Pra colocar a cabeça no lugar, começar a pensar novamente.
Sempre vivi tão bem sozinha, por que esse desespero agora?
Talvez nunca tenha durado tanto na minha vida, e isso é um pouco assustador.
Mas não é motivo pra ser egoísta desse jeito.
De colocar no fogo quem já fez tanto por mim.

Tem certas coisas que não a gente não sabe porquê, mas simplesmente acontecem.

Eu quero tanto ficar, mas não posso deixar da minha vida.
Não quero me tornar uma inanimada que nem minha geradora.

E agora eu preciso ir, está tarde demais.
Vou sentir saudades.

tecNOlove :)

Lá estava eu esses dias lendo uma dessas revistas de futilidade (se era fútil por que eu tava lendo né? pois, primeiro porque eu ganhei, depois porque tinha o edward :P), quando encontro uma matéria sobre namoros virtuais. Ok, a matéria era bem por cima, e falava dos prós e contras. Mas aqui eu vou falar o que eu acho :) (obviamente, é meu blog --' hahah, isso paraceu muito individualista ;x).

Primeiramente, não que eu seja contra a tecnologia. Sou super a favor. Mas acho que tudo tem limites, e tem consequencias que as pessoas não enxergam primeiramente, mas sentem depois, quando, talvez, seja tarde demais.
É só a gente reparar em coisas comuns do nosso cotidiano para ver o quanto dependemos da tecnologia. Os supermercados já não funcionam sem computadores e sistemas integrados. Quase ninguém mais faz um cálculo sem a calculadora. Tem gente que não vai a pé nem até a esquina, precisa do carro o tempo todo.
Agora muita gente vem me falar: "ah, tu és uma ignorante, contra o progresso e a tecnologia, uma pessoa com mentalidade ultrapassada". Tá, tudo bem, talvez até seja. Porém não sou contra essas coisas, como já falei, apenas defendo que as pessoas devem saber diferenciar usufruir de depender. E existe um oceano entre essas duas palavras. Nós, seres humanos, deveríamos nos beneficiar das máquinas, usá-las para nosso conforto, claro. Mas isso não pode chegar ao ponto de "não-vivo-mais-sem-isso", que é o que estamos vivendo.
O pior de tudo não é a nossa dependência, mas sim o afastamento das outras pessoas, criado por todas essas evoluções tecnológicas. As pessoas passam mais tempo com objetos, máquinas, do que com outras pessoas! Não é triste isso? Quantas vezes ficamos no computador ou na TV, ou escutando uma música no MP3/4/5/sei-lá-que-número, ao invés de falar com a pessoa que está do nosso lado?
Além da máquina nos deixar preguiçosos e muitas vezes não-pensantes, ela está quebrando nossos laços, nos afastando dos outros, acabando com o diálogo e a convivência.
Claro que também não podemos culpar a máquina disso, que, no fundo, fomos nós mesmos os responsáveis. Nós que nos achamos tão inteligentes e evoluídos, acabando com nossa própria vida (vida saudável, ao menos).

Então retomando ao primeiro parágrafo e usando um português bem brasileiro:
Que MERDA é essa de namoro virtual?
Agora dependemos de uma máquina até para nos relacionar?
Passamos todo nosso amor, sentimento puro exaltado por poetas, considerado muitas vezes o ápice de nossa existência; passamos tudo isso através de uma tela?
Não é absurdo?
Se eu perguntasse pra muita gente "Você namoraria/casaria com alguém que só fala pelo telefone?" a grande maioria iria dizer um não logo de cara.
E o que muda na internet? Você pode ver a fotinho da pessoa?
Ah, é? E daí?
A aparência vai mudar alguma coisa?
Sinceramente, eu acho isso impossível.
É algo totalmente imaginário, não é real.
Eu vivo com algumas pessoas há anos e ainda acho que não as conheço bem, como poderia conhecer alguém que nem vivo com, que nem sinto do meu lado?
As pessoas estão tão carentes, tão descontentes com a sua realidade, e não sabem mais se relacionar a tal ponto que precisam recorrer a relacionamentos imaginários, cheio de idealizações, para não correrem o risco de se decepcionarem ou de as coisas não andarem como elas querem.
E assim vai, a troca da vida real pela idealizada, cada um se fechando cada vez mais no seu mundo, desaprendendo a viver e a se relacionar.
Triste realidade.

PS: Só para esclarecer o que eu quero dizer com ter a pessoa do seu lado. Não que um namoro dependa de amassos, beijos e agarras (embora seja bom, hoho (6) ), mas sim do companheirismo, e tem coisas que só se sabe com o olho-no-olho, que não tem como se passar por uma tela. Aquele clima envolvente, quando tu sabes o que a pessoa quer dizer mesmo sem uma palavra, o sentir o outro, sabe?

Acabou, desculpem-me se ofendi alguém :}

Nostalgia.

De volta aqui.

Saudade do tempo em que conseguir uma boa conversa era fácil, tão natural que não se dava valor.

Saudade de quando se podia atender o telefone tranquilamente (e de quando o 'tranquilamente' tinha trema :P), de quando podia se discar rapidamente para aquelas amigas, e ficar horas conversando, mesmo que sobre coisas inúteis.

Saudade de quando existia vida social, todo dia na rua, pra algum lugar ou sem rumo, não importava, mas sempre com alguém, sempre fora de casa.

Saudade de quando podia-se sair livre na rua, sem medo de ninguém, sem olhar pra ver se está sendo perseguido, sem saber que alguém acompanha seus passos.

Saudade das coisas que começam e acabam, porque se acabar é ruim, viver nesses círculos é muito pior.

Saudade de poder dormir profundamente, sem pesadelos ou sonhos esquisitos que martelam na cabeça no dia seguinte.

Saudade de não ter o que fazer; do tempo passando devagar; dos amigos que já foram ou que estão longe; das coisas que já foram ditas e escritas; das loucuras; de pensar menos e fazer mais.

Saudade de uma outra vida, que já se foi.