historinha.

Época de eleições, aqueles sentimentos, você sempre sem tempo.
Lembrei de um texto que eu fiz no começo do ano para LPL, vou postar aqui (:

A última carta


O que vale o amor de um pai? A honestidade e integridade de uma pessoa? É como se nos dias atuais todos os valores fossem transformados em nada.
Antônio sempre fora um exemplo em tudo o que fez, homem dedicado e inteligente. Aos seus 62 anos, aqui está, sentado no banco de uma cela, à minha frente, apenas esperando a hora da morte, da sua execução. E o pior: ordenada por sangue do seu sangue, pela pessoa por quem dedicou metade da sua vida, deu amor e carinho. Pelo seu próprio filho.
Com lágrimas lhe escorrendo a face, ele agora começa a pronunciar suas últimas palavras, que a pedidos eu gentilmente escrevo, para enviar posteriormente ao seu filho.
" Filho, estou lhe escrevendo esta carta não para salvar a minha vida, pois eu sei que é tarde demais, mas sim para lhe mostrar que eu apenas estava fazendo meu papel de pai. Com 26 anos você começou na carreira da política, eu me orgulhei disso, pois nosso país precisava de pessoas novas, com boas idéias, e você tinha ambas características, além de sempre ter sido muito honesto. Agora, as más companias fazem mal para a alma, filho. Aos poucos, eu não te reconhecia mais, com todas aquelas mentiras. O dinheiro cegou você. Eu tentei lhe avisar, mas é claro, você não me ouviu. E então chegou o dia. As eleições de 2006.
Com todas as falsas promessas, você se elegeu. E depois veio o sofrimento, a ditadura. Ah, se você tivesse me escutado, meu filho! Eu sempre quis apenas o teu bem. O trabalho de pai é educar seu filho, mostrar-lhe qual caminho seguir. Eu juro que tentei, mas você escolheu o outro caminho.
E se eu não consegui cumprir meu papel como pai, pelo menos o papel de filho de uma grande pátria eu teria de cumprir. Foi assim que comecei a escrever "A Revolução do Povo", mostrando o quanto a ditadura destruía nossas vidas, e como podíamos derrubá-la. O livro começou a circular (de forma ilegal, claro), e aos poucos chegou a cada canto do país. As pessoas estavam perturbadas com o seu jeito de governar, meu filho.
As revoltas populares estouraram e o exército calou todos com ameaças e armas. Depois de desrespeitar o direito de liberdade, você desrespeitou o direito de viver, matando milhares de pessoas sem escrúpulos.
As investigações prosseguiram, e você achou um culpado: eu, seu pai. Então ordenou a minha execução, acabando com qualquer vestígio de caráter que ainda existia em você. Acabando com a última esperança de toda uma nação.
Mas saiba que mesmo com toda a história ocorrida, mesmo que você tenha me decepcionado com tua extrema crueldade, eu te amo, pois o amor paterno não tem limites."
Assim que eu termino a carta, emocionado com toda aquela história (que eu já havia acompanhado), logo chega o policial, para levá-lo à execução. Havia chegado a hora. A morte estava a espera.

but i still miss you.





Sabe, a solidão não é o pior castigo.
Somos tão influenciados por tudo e todos nos dizendo sobre amizade e amor (que do jeito que são tratados estão mais para 'dependência') que achamos que nunca podemos viver sozinhos.
Sim, é mais difícil, com certeza. Não ter ninguém para conversar, para ajudar, para te dar carinho.
Mas sobrevivemos.
Sozinhos escutamos melhor a nós mesmos, sem sermos influenciados sempre.
Podemos escutar a nossa voz interior :}
Bom, e como um cara lá de sociologia diz, às vezes um indivíduo evolui mais sozinho do que em sociedade (embora sejamos obrigados a aprender a viver em sociedade ^^').


Como um sábio amigo meu diz: "pensamos melhor sozinhos" *-*
(tá, não exatamente nessas palavras talvez, mas é isso.)


E é verdade.
É clichê, mas o "Antes só do que mal acompanhado" ainda é bem válido.



"Ninguém está só quando tem a si mesmo."
PS: desculpa pela ausência aqui :x
PS2: A imagem foi retirada do meu caderninho, eu sei que tá meio ruim, mas foi o melhor qe eu consegui fazer :P