beach.bitch.

Verão, praia, a época do não-pensar é declarada.
Tudo bem, é férias, mas não precisamos de tanta ignorância não é?
Ou talvez isso exista o ano inteiro, e nesse momento esteja mais explícita...

Eu ando pelas ruas, e tudo o que eu vejo são pessoas arrogantes andando, querendo impressionar.
São mulheres semi-nuas tentando rebolar um pouco mais para aquele homem olhar.
São homens que se matam o ano inteiro na academia somente para fazerem poses de gostosos na praia.
São pessoas iludidas bebendo para encontrar diversão.
Não é vazio demais tudo isso?
Não é triste ter como meta principal da sua vida impressionar, atender expectativas?

E, sinceramente, eu me envergonho quando me pego a pensar se estou magra o suficiente para entrar naquele biquini.
Porque, de verdade, o que isso importa?
Por que temos que ser sempre engomadinhos, arrumados, fazendo pose para que todos se orgulhem de nós?

Por que não conseguimos viver por nós mesmos?

Redescobri quem sou agora.
Levanto a cabeça, sigo em frente, vou lutar pelo que eu quero.
I hope you do the same.

adeus você.

Tantas lembranças daquele lugar... que ao mesmo tempo amo e odeio.
Por todos aqueles corredores, jardins, salas e campo, se passaram muitas histórias.
Os escândalos, as cantorias pelo corredor, os micos, as fofocas, os namoros, as brigas.
As pessoas que por aqui passaram ou que aqui estão, vivendo comigo.
Tudo está tão fresco na memória, que com um piscar de olhos até parece que eu volto para a cena.
São tantas coisas em quatro anos, que não tem preço que pague tudo o que eu aprendi.
Mas que estudo, eu aprendi a viver.
A conviver, a fazer amigos, a ser responsável, a dosar as coisas, a repartir meus medos, a pensar de um jeito diferente.
Simplesmente mudou o meu modo de ver as coisas.
Fez com que eu realmente me sentisse viva, entrasse em contato comigo mesma, me levando até aonde eu estou hoje.
Basicamente, foi quando eu comecei a ser eu mesma, quando eu aprendi a pensar e refletir sozinha.
Ainda me lembro de quando fiz a matrícula, junto com o meu pai. Andando de volta para o carro, com cara de 'não-coloco-muita-fé' meu pai me olhou e perguntou: "Não vai se arrepender não é?". Eu respondi: "Claro que não". (mal sabe ele que a Bruna nunca se arrepende o/). E foi a primeira coisa que eu quis. Que eu lutei, e fui contra todos, mas consegui. E agora estou aqui, porém prestes a deixar tudo.
Sim, eu sei que as coisas simplesmente não vão deixar de existir.
Que as memórias ficam para sempre, e as pessoas poderão manter contato.
Mas é diferente sabe.
O dia-a-dia, as diversões fora de hora e tudo mais.
Confesso que dá um pouco de medo, eu não faço idéia de quem eu vou encontrar, o tipo de pessoa, se eu vou me enturmar ou não, e como que vai ser tudo.
A única certeza é de que vai ser
diferente.

Mas chega de drama, porque no fundo eu sei que vai ser importante.
Apesar da dor que dá da separação, é necessário.
E um dia tudo vai, tudo parte...
É uma ação por mim mesma (tudo bem, e ao mesmo tempo contra mim :P).