Tempo perdido.

Ah, se tudo fosse mais fácil, mais simples.
Se as pessoas não tivessem medo nem vergonha de falar o que se passa em suas mentes.
E tudo saísse natural. Seria tão bom.
Quantas chances eu perdi, quantas coisas eu deixei passar, apenas pelo medo de realizar a ação, ou de deixar aquelas palavras tão ensaiadas saírem para fora da boca.
Qual seria a conseqüencia?
Você ainda estaria aqui se soubesse que eu me importo?
As amizades perdidas, os amores, as oportunidades.
E a famooosa frase "o que tem que ser, será".
Será mesmo?
Será o destino tão poderoso que é capaz de unir duas pessoas apenas por serem 'predestinadas'?
É isso que vai determinar todo o curso de uma vida?
E os esforços? E as nossas ações?
Tudo isso é apenas um jogo de sorte?
Eu realmente não quero acreditar.




'Ali sentada, ela fingia que não se importava. Fingia que estava bem, que não ligava para a partida dele. Mesmo sentindo tanto a sua falta.. Engole o choro, coloca um sorriso na cara, e volta a estudar. Mas ela simplesmente não consegue. Nos seus pensamentos não reside nada, apenas ele. E todas aquelas memórias, que agora já ficaram prá trás.'

eis a questão.

Ela gostava dele, sem dúvidas. Mas toda vez que estavam juntos, uma coisa perturbava sua cabeça. Ela mordiscava o lábio, mexia os pés, olhava para o vazio procurando uma saída, uma resposta.. que parecia não existir.
E a dúvida dentro de si permanecia, agoniava, gritava querendo sair. O que fazer?
Desde que o viu, pareciam um encaixe, como se já se conhecessem antes. O único problema é que seu espírito parecia não aceitar. Era como uma batalha entre o corpo e a alma, e ela ficava confusa com tudo isso.
Ao mesmo tempo que ele não lhe saía do pensamento, seu interior o expulsava de lá, alegando tantos motivos que fizera ela se perder nas contas. Seus costumes e sua conduta moral se impunham de tal maneira que parecia impossível algo nascer dali. Ela achava que não podia. Ela achava que não devia.

E por isso ficava sem jeito, ficava sem ação. Ela realmente não sabia o que fazer.
Caminhando para casa sua cabeça girava, e ela não achava nenhuma direção.

a dirty little secret.

Essa prova corporativa e todas as coisas totalmente injustas no colégio, me levaram a pensar em várias outras injustiças dentro da sociedade, que são pequenas e as vezes passam despercebidas.
E daí começou a revolta da Bruna... de nooovo!
Porque se você parar prá ver, percebe o quanto somos reprimidos?
Enxergas a ditadura que a sociedade coloca sobre nós?
Todos seguem o mesmo rumo na vida, aceitam as regras, adaptam a sua vida a coisas que não concordam, mas são obrigados a aceitar. Muitas vezes são esmagados, sofrem com o sistema, e nada podem fazer. E mesmo que fizerem, será uma revolta individual? A pessoa será engolida pela maioria.
É triste perceber que o poder corrompe as pessoas, que estas se aproveitam dos mais fracos, o que vira um ciclo sem fim.
Nosso dia-a-dia é manipulado, controlado, para conseguir um objetivo de vida que nos é imposto. Abrimos mão dos nossos sonhos, das nossas vontades, porque somos obrigados a seguir o caminho da sociedade!
Quantas pessoas não puderam fazer a faculdade que queriam, pois não tinham condições de pagá-la?
Quantos desistem de fazer o que gostam porque assim morrem de fome?
Você já apoiou alguém por dinheiro, partindo seus ideais?
Nunca desistir dos seus ideais? Sempre batalhar pelos seus sonhos e você chega lá?
Será mesmo?
Quantas coisas erradas você assiste diariamente e fica calado?
Ou pior, em quantas trapaças você já se meteu?
Nessa democracia nada é realmente democrático.
Compra de votos, ameaças, armações na justiça, manipulação.
No que acreditar?
Em quem acreditar?