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Porque às vezes ninguém realmente parece entender.
Eu te dei o livro, pra ver se você descobria quem eu sou.
Agora eu sei porque isso teve tanta importância pra mim: me deu identidade.


Como conseguimos passar a vida dentro dessa gaiola? Acreditando em metiras e despertadores, no tictac e em papéis verdes. A utopia nunca me deixa. Assim como minha alma nunca deixa o desejo de liberdade.

Não existe solidão quando se tem a si mesmo.
E eu sinto falta de mim.
Mas não quero deixar de você para ter meu eu de volta.


Será que dá pra conciliar?
Será que dá pra recuperar o ar?



Conceitos modernos, atitudes antigas, canções de roda, ombro de amiga, sorvete no frio, música de noite, praia vazia, olhar cintilante, cortes de cabelo, roupas novas, memórias, presente, fragmentos, pensamentos, ir embora, perto e longe, desenho, retrato, palavras, fatos.


O que é real? O que é normal? O que ser quando crescer? Quando crescemos afinal?


Não quero ter que dizer, ter que explicar. Não quero que seja tudo do meu jeito, não quero que seja do jeito que todo mundo faz. Não quero estragar tudo.

Só queria ser decifrada, ser entendida, ser reconquistada, ser amada.

E eu tenho reforçada a cada dia a minha quase certeza (já que essas não existem): você é o melhor ser humano que sempre existiu.

E se minhas lágrimas não forem justificáveis, meus deslizes imperdoáveis, minhas piadas ruins inquestionáveis, me desculpe, é que eu te amo.


"Everybody need some time on their own."

Nem tudo tem sentido afinal. Nós é que vivemos procurando uma razão.