tecNOlove :)

Lá estava eu esses dias lendo uma dessas revistas de futilidade (se era fútil por que eu tava lendo né? pois, primeiro porque eu ganhei, depois porque tinha o edward :P), quando encontro uma matéria sobre namoros virtuais. Ok, a matéria era bem por cima, e falava dos prós e contras. Mas aqui eu vou falar o que eu acho :) (obviamente, é meu blog --' hahah, isso paraceu muito individualista ;x).

Primeiramente, não que eu seja contra a tecnologia. Sou super a favor. Mas acho que tudo tem limites, e tem consequencias que as pessoas não enxergam primeiramente, mas sentem depois, quando, talvez, seja tarde demais.
É só a gente reparar em coisas comuns do nosso cotidiano para ver o quanto dependemos da tecnologia. Os supermercados já não funcionam sem computadores e sistemas integrados. Quase ninguém mais faz um cálculo sem a calculadora. Tem gente que não vai a pé nem até a esquina, precisa do carro o tempo todo.
Agora muita gente vem me falar: "ah, tu és uma ignorante, contra o progresso e a tecnologia, uma pessoa com mentalidade ultrapassada". Tá, tudo bem, talvez até seja. Porém não sou contra essas coisas, como já falei, apenas defendo que as pessoas devem saber diferenciar usufruir de depender. E existe um oceano entre essas duas palavras. Nós, seres humanos, deveríamos nos beneficiar das máquinas, usá-las para nosso conforto, claro. Mas isso não pode chegar ao ponto de "não-vivo-mais-sem-isso", que é o que estamos vivendo.
O pior de tudo não é a nossa dependência, mas sim o afastamento das outras pessoas, criado por todas essas evoluções tecnológicas. As pessoas passam mais tempo com objetos, máquinas, do que com outras pessoas! Não é triste isso? Quantas vezes ficamos no computador ou na TV, ou escutando uma música no MP3/4/5/sei-lá-que-número, ao invés de falar com a pessoa que está do nosso lado?
Além da máquina nos deixar preguiçosos e muitas vezes não-pensantes, ela está quebrando nossos laços, nos afastando dos outros, acabando com o diálogo e a convivência.
Claro que também não podemos culpar a máquina disso, que, no fundo, fomos nós mesmos os responsáveis. Nós que nos achamos tão inteligentes e evoluídos, acabando com nossa própria vida (vida saudável, ao menos).

Então retomando ao primeiro parágrafo e usando um português bem brasileiro:
Que MERDA é essa de namoro virtual?
Agora dependemos de uma máquina até para nos relacionar?
Passamos todo nosso amor, sentimento puro exaltado por poetas, considerado muitas vezes o ápice de nossa existência; passamos tudo isso através de uma tela?
Não é absurdo?
Se eu perguntasse pra muita gente "Você namoraria/casaria com alguém que só fala pelo telefone?" a grande maioria iria dizer um não logo de cara.
E o que muda na internet? Você pode ver a fotinho da pessoa?
Ah, é? E daí?
A aparência vai mudar alguma coisa?
Sinceramente, eu acho isso impossível.
É algo totalmente imaginário, não é real.
Eu vivo com algumas pessoas há anos e ainda acho que não as conheço bem, como poderia conhecer alguém que nem vivo com, que nem sinto do meu lado?
As pessoas estão tão carentes, tão descontentes com a sua realidade, e não sabem mais se relacionar a tal ponto que precisam recorrer a relacionamentos imaginários, cheio de idealizações, para não correrem o risco de se decepcionarem ou de as coisas não andarem como elas querem.
E assim vai, a troca da vida real pela idealizada, cada um se fechando cada vez mais no seu mundo, desaprendendo a viver e a se relacionar.
Triste realidade.

PS: Só para esclarecer o que eu quero dizer com ter a pessoa do seu lado. Não que um namoro dependa de amassos, beijos e agarras (embora seja bom, hoho (6) ), mas sim do companheirismo, e tem coisas que só se sabe com o olho-no-olho, que não tem como se passar por uma tela. Aquele clima envolvente, quando tu sabes o que a pessoa quer dizer mesmo sem uma palavra, o sentir o outro, sabe?

Acabou, desculpem-me se ofendi alguém :}

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